Entenda o que são as Oficinas de Participação Comunitária realizadas pela equipe da Cáritas Diocesana de Itabira nas comunidades atingidas
Entre os dias 15 a 19 de maio de 2023, a equipe da Assessoria Técnica Independente (ATI) da Cáritas Diocesana de Itabira realizou as Oficinas de Participação Comunitária (OPCs) nos territórios de Rio Casca e Adjacências e no Parque Estadual do Rio Doce e sua zona de amortecimento.
Foram 34 encontros realizados em cinco dias em comunidades dos municípios de Raul Soares, Rio Casca, São Pedro dos Ferros, São Domingos do Prata, Timóteo, Dionísio, Sem Peixe, São José do Goiabal, Marliéria, Pingo D’Água, Córrego Novo, Caratinga e Bom Jesus do Galho.
As Oficinas de Participação Comunitária foram encontros onde as pessoas atingidas contaram sobre suas experiências durante os sete anos desde o rompimento da Barragem de Fundão, ocorrido em novembro de 2015.
Através de uma metodologia participativa, as 686 pessoas atingidas presentes nos diversos encontros construíram mapas visuais do antes e depois da lama, com objetos do seu cotidiano que simbolizaram suas perdas individuais, comunitárias e organizaram um retrato simbólico dos territórios em que vivem e trabalham.
Perda de renda, trabalho, lazer, qualidade da água e do solo, assim como as intensas alterações nos modos de vida foram algumas das questões mais frequentes nos territórios. Além disso, a dificuldade de comunicação, a falta de acesso às informações prestadas pela Fundação Renova, assim como sobre o processo judicial e a situação dos cadastros que fazem parte dos sistemas indenizatórios, que excluíram, sobretudo, as mulheres também foram queixas constantes nos encontros.
É importante lembrar que as oficinas são um dos vários espaços de encontros entre a Assessoria Técnica Independente e os atingidos e atingidas. Além disso, preparam as comunidades para uma etapa essencial do trabalho da ATI que é o Registro Familiar, um formulário que pretende caracterizar com maior precisão de detalhes a situação de cada grupo familiar dos dois territórios onde a ATI da Cáritas Diocesana de Itabira trabalha.
“A aplicação das oficinas foi uma importante ação de escuta desses atingidos e atingidas com recorte nos modos de vida. Fizemos uma comparação entre como era a vida antes e como ficou depois do rompimento, com ênfase nos danos sofridos pelas comunidades atingidas”, destaca Celma Moreira, gerente territorial da Cáritas Diocesana de Itabira.
Fique atento(a) para acompanhar as próximas etapas do trabalho rumo à garantia dos direitos das pessoas atingidas na Reparação Integral.
Confira mais sobre as Oficinas de Participação Comunitária no vídeo a seguir: