A Campanha tem como tema “Ecologia Integral”, visando o cuidado e o compromisso dos cristãos e das cristãs com a Casa Comum
No dia 09 de março, o Parque Estadual do Rio Doce sediou a celebração da abertura da Campanha da Fraternidade 2025. O evento reuniu cerca de 3.800 fiéis das três regiões pastorais que compõem a Diocese de Itabira/Coronel Fabriciano. Além disso, contou com a participação ativa de lideranças das comunidades, pastorais, movimentos e serviços, padres, diáconos, seminaristas, entidades que lutam em defesa do meio ambiente e do Bispo Diocesano, Dom Marco Aurélio Gubiotti.
Após a acolhida dos fiéis na área de camping, foi realizada a abertura na beira da Lagoa Dom Helvécio, momento de oração e animação conduzido pelo Padre Hideraldo Veríssimo Vieira. Neste momento, o Padre destacou a beleza do local, os elementos da natureza e a importância de cada cristão e cada cristã no trabalho de preservação da Casa Comum.
Os fiéis foram motivados a retirar uma cruz das águas da Lagoa, em memória aos 10 anos do rompimento da barragem de Fundão na Bacia do Rio Doce e do Jubileu da Esperança, convocado pelo Papa Francisco. A cruz foi afincada na beira da Lagoa, momento em que todos os presentes foram marcados de argila com seu símbolo. Também, através dos elementos da natureza (terra, ar, fogo, água), foi realizada homenagem aos 800 anos do Cântico das Criaturas.
Em seguida, ainda na Lagoa, ocorreu o encontro das imagens de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora da Saúde, trazidas por Sandra Vasconcelos e Aparecida Calazans, moradoras de Dionísio e Pingo D’Água, regiões atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão. Após o encontro, os fiéis seguiram em romaria para o camping.

O ponto alto do encontro foi a celebração da Santa Missa, presidida por Dom Marco Aurélio. O Bispo destacou a Quaresma como um compromisso de todos e todas. Na ocasião, destacou o tema da Campanha deste ano, que chama atenção para a relação entre o ser humano, a natureza e a justiça social.
Dom Marco Aurélio alertou sobre as mudanças climáticas e os desastres socioambientais, que afetam, principalmente, as pessoas mais pobres. Também destacou a importância de não adiarmos os cuidados com o planeta, sendo necessária uma conversão ecológica. Vivemos, hoje, um momento decisivo para a manutenção da vida: “Não existe planeta reserva! Só temos este! Ainda há tempo, mas o tempo é agora!”, afirmou.
A Ecologia Integral, tema da Campanha de 2025, se soma ao lema “Deus viu que tudo era muito bom!” (Gn 1:31), com o objetivo de despertar a corresponsabilidade e fortalecer a consciência ecológica e o compromisso dos cristãos e das cristãs com a Casa Comum. Esse exercício também é espiritual, tendo em vista que a fé deve caminhar alinhada à gratidão e ao olhar amoroso por tudo aquilo que Deus criou.
Dom Marco Aurélio convida todos e todas a refletirem e a trazerem, às suas orações, esse cuidado e esse amor pela natureza: “Campanha da Fraternidade diz respeito a uma ação conjunta, concreta. E, diante de uma Campanha da Fraternidade que chama a atenção para uma Ecologia Integral, é preciso que cada um de nós faça alguma coisa! Na sua casa, você seleciona o lixo? Na sua casa, você presta atenção a cada uma das torneiras, para não desperdiçar a água? Você tem o hábito de consumir coisas sem necessidade? Cada um de nós pode colaborar para a transformação do mundo. Porém, não basta só o que fazemos sozinhos, é preciso nos unirmos para transformar a nossa realidade. Reflita conosco sobre a Ecologia Integral. Procure trazer para sua oração, para sua espiritualidade, esse amor à natureza, porque toda criatura aponta para o Criador. Estar perto da natureza é estar perto de Deus”.
Exposição Fotográfica realizada pela ATI retrata os territórios atingidos pelo rompimento
Durante a celebração, a ATI prestada pela Cáritas Diocesana de Itabira exibiu a exposição “Identidades”, que convida o público à reflexão sobre o que compõe os Territórios 01 (Rio Casca e Adjacências) e 02 (Parque Estadual do Rio Doce e sua Zona de Amortecimento), atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão.
Ela apresenta três eixos: “Quem Somos”, que retrata as pessoas que vivem e dão vida a esse chão; “Potências do Território”, que destaca as riquezas culturais, os saberes e as resistências que florescem mesmo diante dos danos causados aos modos de vida das pessoas atingidas pelo rompimento; e “Fé e Luta”, que evidencia a espiritualidade e a força das pessoas atingidas.
Saiba mais AQUI.