Entre os dias 25 de junho a 03 de julho, a equipe da assessoria técnica prestada pela Cáritas Diocesana de Itabira realizou 12 Oficinas de Elaboração e Gestão de Projetos Comunitários nos municípios que compõem os territórios de Rio Casca e Adjacências e do Parque Estadual do Rio Doce e sua Zona de Amortecimento.
Desde novembro de 2023, a ATI tem recebido demandas referentes à elaboração de projetos para concorrer em editais de programas de responsabilidade da Fundação Renova, que atendem ao Termo de Ajustamento de Conduta (TTAC), para execução de ações e medidas necessárias à reparação dos municípios atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão.
Cabe à Assessoria “garantir os esclarecimentos sobre os critérios de participação nesses editais, prestando suporte à elaboração das propostas de projetos, sempre dando autonomia e protagonismo aos atingidos e atingidas”, afirmou, Maria Lúcia Fernandes, Coordenadora da equipe de Reativação Econômica.

Para isso, a equipe organizou as Oficinas de Elaboração e Gestão de Projetos Comunitários, que estão divididas em dois módulos, “com o objetivo de apresentar ferramentas e métodos práticos para as pessoas atingidas poderem refletir sobre sua realidade em comunidade e, a partir dessa reflexão, serem capazes de estruturar projetos para acesso a financiamentos, seja no processo de reparação, outros editais de fomento ou mesmo Políticas Públicas”, pontuou Maria Lúcia.
As oficinas contaram com a participação de 149 pessoas atingidas dos municípios assessorados. Durante os encontros, a equipe dialogou sobre o que é um projeto; os passos necessários para a elaboração de um projeto, desde o título, resumo e a identificação do público alvo; a estrutura que eles podem ter, seus objetivos, as atividades a serem desenvolvidas e resultados que se pretende alcançar; além da definição do cronograma e recursos para a execução.
A equipe também refletiu, junto às comunidades, sobre possíveis problemas que determinados projetos podem apresentar, compreendendo as causas e os efeitos deles, além das potencialidades e soluções para o bom andamento e organização das ideias.
Para além do planejamento e elaboração de uma proposta, é necessário que as pessoas envolvidas na construção de um projeto a ser financiado estejam atentas à gestão, ao monitoramento, às contratações, à prestação de contas e avaliação de tudo o que se pretende desenvolver durante o período de execução.
Sobre o encontro, a moradora Yolanda Souza, da comunidade de Macuco, no município de Timóteo, afirmou: “aprendemos como elaborar projetos comunitários e tivemos conhecimento sobre os editais que estão abertos e que vão abrir também. Foi um bate papo muito interessante, um momento muito especial e edificante, vou colocar em prática. Muitas informações que eu tive ali irão fazer a diferença e já estou doida para poder participar da segunda oficina”.
Maria Lúcia complementa: “Precisamos deixá-los preparados para o futuro, ainda mais com uma repactuação em discussão. Já se ventila que novo acordo poderá trazer possibilidades de financiamento de projetos comunitários caso seja efetivado”.