Primeiro Boletim Técnico com os resultados do Registro Familiar é divulgado pela Cáritas Diocesana de Itabira

No mês de novembro, a ATI prestada pela Cáritas Diocesana de Itabira divulgou o primeiro número da série de Boletins Técnicos que apresentam os resultados do Registro Familiar (RF) nos Territórios 01 (Rio Casca e Adjacências) e 02 (Parque Estadual do Rio Doce e sua Zona de Amortecimento). 

O Registro Familiar (RF) foi aplicado entre os meses de janeiro e agosto de 2024. A partir dele, a ATI buscou identificar as demandas dos Núcleos Familiares, as situações de vulnerabilidade e obter dados territoriais atualizados sobre as comunidades atingidas em diversas áreas. Foram aplicados, ao todo, 982 formulários do RF, em 62 localidades dos Territórios 01 e 02. 

Este primeiro Boletim apresenta dados relacionados aos seguintes temas: 1. Processo de reparação e participação informada; 2. Saúde e vulnerabilidade social; e 3. Segurança alimentar e nutricional. 

Entre as principais informações sobre Processo de Reparação e Participação informada, o RF apontou que apenas 3% dos Núcleos Familiares conseguiram acessar o Programa de Cadastro (PG01) da Fundação Renova. 

Além disso, 74% das pessoas de referência dos núcleos participantes do RF relataram não ter recebido orientações sobre como solicitar indenizações. Aproximadamente 80% dos Núcleos Familiares não receberam valores indenizatórios. 

Em relação ao tema Saúde e Vulnerabilidade Social, cerca de metade das pessoas atingidas que participaram do RF relataram danos à saúde após o rompimento da barragem de Fundão. De acordo com os dados, 81% das respostas apontaram danos à saúde física. Já os danos à saúde mental apareceram em 42% das respostas. Uma em cada quatro pessoas afirmou enfrentar problemas tanto de saúde física quanto mental. 

Ainda de acordo com o estudo, 88% das pessoas que participaram do RF passaram a fazer uso de algum medicamento após o rompimento. Desses, 59% afirmaram precisar comprar esses medicamentos. Além disso, 53% das pessoas relataram que o rompimento da barragem de Fundão agravou as privações socioeconômicas, limitando recursos necessários para sobrevivência.

Já em relação ao tema Segurança Alimentar e Nutricional, 56% das pessoas entrevistadas afirmaram que o rompimento prejudicou a oferta de alimentos ao Núcleo Familiar, resultando na diminuição ou na falta de determinados alimentos em suas localidades. 

Oito em cada 10 pessoas relatam que nenhum membro do núcleo se sente seguro quanto ao consumo de peixes. Além disso, a maioria dos Núcleos Familiares (63%) teve dificuldade em manter seus hábitos alimentares. 

Acesse o Boletim para ler os dados na íntegra AQUI. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima