No dia 18 de maio a ATI prestada pela Cáritas Diocesana de Itabira realizou a segunda oficina de Comunicadores Populares, com as Comissões de Atingidos(as) dos municípios do Território 02 (Parque Estadual do Rio Doce e sua Zona de Amortecimento).
Neste primeiro ciclo, as oficinas têm como objetivo debater sobre a comunicação enquanto um direito das pessoas atingidas e sobre o acesso a informações qualificadas e seguras no processo de reparação integral dos danos decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em novembro de 2015.
No encontro, a equipe abordou o tema “o combate às fake news na era da desinformação” e refletiu, junto aos participantes, sobre quais os cuidados que cada um deve ter ao acessar e repassar as informações que chegam até eles. Foram discutidas estratégias para identificar e desmentir informações falsas, especialmente aquelas relacionadas aos processos de reparação.
“Hoje, com as fake news, tem hora que a gente fica confuso, um fala uma coisa e o outro fala outra. Igual a gente viu [na dinâmica do telefone sem fio], foi falado uma coisa e chegou totalmente diferente pra nós, então a gente tem que prestar atenção no que fala, ainda mais nós que somos multiplicadores na comunidade, a gente tem que saber o que fala e levar a informação correta”, comentou José Amâncio, morador da comunidade de Macuco, localizada no município de Timóteo.
Durante a oficina, houve também uma orientação sobre o uso estratégico do e-mail como uma ferramenta para conectar-se com órgãos públicos, comissões, instituições de Justiça e outros envolvidos. Nesse espaço, os participantes foram divididos em dois grupos em que cada um deles precisou elaborar e encaminhar um e-mail para o outro, utilizando das ferramentas apresentadas.
“Aprendemos o que a gente não sabia, como mexer com e-mail. É importante a gente ficar junto, fazer e receber os e-mails direitinho”, ressaltou Rogéria Guerra de Oliveira, moradora da comunidade de Santa Rita, no município de Marliéria.
Durante a oficina foi realizada uma dinâmica, na qual as pessoas atingidas experimentaram como as mensagens podem ser distorcidas ao serem transmitidas de pessoa para pessoa. Essa dinâmica serviu como reflexão sobre a importância da comunicação clara e precisa, especialmente quando se trata de assuntos relevantes aos processos de reparação.
Em tempos de informações rápidas, as oficinas de comunicação são fundamentais para promover debates sobre a disseminação de notícias. Além disso, contribuem para a participação ativa e consciente das Comissões de Atingidos(as), que são responsáveis pela divulgação de informações em suas comunidades.
José Amâncio complementou que, agora, é importante que os representantes comunitários repliquem tudo o que aprenderam na oficina: “gostaria de parabenizar vocês por darem esse treinamento pra nós. Que de agora pra frente a gente possa levar pra nossa comunidade”. Ao final do encontro, todos(as) receberam um certificado de participação. A mesma atividade foi realizada em São José do Goiabal, com as Comissões de Atingidos(as) do Território 01 (Rio Casca e Adjacências), no dia 20 de abril.
Assista o vídeo para saber mais sobre o primeiro ciclo de Oficinas de Comunicadores Populares e relembre o encontro que também já foi realizado com a Comissão do Território 01 (Rio Casca e Adjacências), em abril:
A ATI da Cáritas Diocesana de Itabira reafirma seu compromisso na construção de uma comunicação popular consciente e ética em prol das comunidades atingidas.
Eu gosto muito das reuniões e sou sempre bem atendido pelo pessoal da Cáritas
Obrigada, José Carlos. Estamos juntos na busca pela reparação integral! ✊🏽
Minha filha ama a ciranda que eles fazem com as crianças